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Cuidado paliativo em home care proporciona alívio e bem-estar
 
O objetivo é preservar a qualidade de vida e a dignidade em um momento delicado – mas não somente no fim da vida  

Em torno desse tema há um estigma que precisa ser derrubado. Quando se fala em cuidados paliativos, a maioria das pessoas pensa em morte e que não existe mais o que fazer para o paciente. Isso é um equívoco. Essa especialidade é indicada para as pessoas que enfrentam uma doença grave ou incurável, proporcionando conforto, acolhimento e alívio de dores físicas, além de apoio emocional, espiritual e social aos pacientes e à família desde a descoberta da patologia, durante o tratamento e na terminalidade da vida.
 
Há quatro anos no Grupo Vidas, a coordenadora médica da Vidas Home Care, Dra. Silvia Lacerda Rodrigues, explica que apesar de não haver um controle sobre a morte, é possível oferecer a melhor condição para que todo o trajeto até o momento final seja vivido de forma digna. “Ao contrário do que muitos imaginam, cuidados paliativos não significam o abandono dos pacientes em terminalidade, e sim cuidados diferenciados e proporcionais às necessidades do paciente que tem uma doença que ameaça a vida, desde o seu diagnóstico, e não apenas no estágio final da patologia. O foco do tratamento é o ser humano e não a doença, tendo como meta garantir bem-estar e segurança em todas as esferas - (física, psicológica, social e espiritual)”, desmistifica a médica paliativista.
 
A Dra. Ani Salim Ramalho, gerente médica da Vidas Home Care, ainda complementa que “o termo paliativo, traduzido de forma literal para língua portuguesa, dificulta o entendimento e grande parte das pessoas confunde com cuidados precários ao paciente incurável, quando na realidade são cuidados que buscam minimizar o sofrimento, não apenas físico como psíquico. Inclusive, há estudos internacionais que identificam aumento de sobrevida em pacientes conduzidos por equipes de cuidados paliativos”, reforça.
O médico paliativista tem um olhar mais completo do paciente e tem a capacidade de criar vínculo e levantar informações detalhadas de hábitos e cultura, relacionamento e conflitos que o cercam e atuar nos fatores que podem influenciar seu estado de saúde. “Faz parte da nossa rotina identificar quando o tratamento de um sintoma se torna fútil, perante o quadro clínico de um paciente, e propor medidas mais adequadas. A figura do médico na terminalidade é a referência do paciente e sua família para guiá-los por este caminho de luto”, destaca Dra. Silvia.
 
O paciente que mais se beneficia dos cuidados paliativos é o Oncológico. Outros exemplos de situações, seja para adultos, idosos ou crianças, incluem: insuficiência cardíaca, nefropatias, doença pulmonar obstrutiva crônica, e doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson e escleroses neuromusculares.
 
“Para a prática efetiva dos cuidados paliativos é essencial a confiança por parte de quem contrata o Serviço. Os custos com procedimentos são menores, porque não são recomendadas medidas desnecessárias, que não tragam benefício efetivo ao paciente. O custo real volta-se para os recursos humanos, que precisam estar habilitados a lidar com segurança os desafios que envolvem o paciente com esse perfil”, afirma Dra. Ani.
 
O papel da enfermagem nos cuidados paliativos
 
O profissional de enfermagem fica na linha de frente nos atendimentos e tem um papel fundamental, considerando sua posição privilegiada de permanecer a maior parte do tempo junto à pessoa enferma. “Prestamos a maior parcela de cuidados e a maioria das vezes nos posicionamos como intermediador entre o paciente/família e os demais membros da equipe para que os cuidados sejam realizados de forma integral respeitando sempre os desejos e princípios, proporcionando uma assistência individualizada e digna”, relata a enfermeira case Lindalva Ferreira, do Grupo Vidas.

A atuação do profissional de psicologia
 
O atendimento psicológico é essencial para atenuar o sofrimento tanto do paciente quanto dos familiares. O psicólogo incentiva a reflexão, acolhe, orienta e viabiliza a aceitação ao tratamento. “O cuidado paliativo é um trabalho que envolve sempre toda a equipe interdisciplinar, o psicólogo como integrante dessa equipe, atua com o foco no enfrentamento desse processo de adoecimento ressaltando o cuidado centrado na pessoa. O objetivo é ajudar o paciente a ter um novo olhar sobre sua vida. Quanto aos familiares, deve-se ter como respaldo o desejo do paciente quando inserido nesse cuidado, de modo que compreendam a importância de manter o ente querido com cuidado humanizado,  atuando no controle de sintomas e trabalhando o conceito de cuidados paliativos em reuniões familiares, proporcionando uma adequada comunicação para que entendam de forma clara os benefícios dessa atenção”, conclui a psicóloga Juliana Castro, do Grupo Vidas, especialista em cuidados paliativos pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.
 
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